História
No intuito de se verificar os
modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de
indústrias, alguns pesquisadores passaram a abordar os vários aspectos que
compunham o êxito de várias organizações procurando compreender e explicar o
modo como as empresas funcionavam em diferentes condições. Baseados
nestes estudos, puderam confrontar como interagem as variáveis ambientais, as
técnicas administrativas e a relação funcional dentro das organizações.
As principais pesquisas foram:
As principais pesquisas foram:
PESQUISA DE CHANDLER
Em 1962, Alfred Chandler Jr.
Realizou estudou quatro grandes empresas americanas: a DuPont,
a General Motors, a Standar Oil Co.(New Jersey) e a Sears Roebuck & Co; demonstrou
que as estruturas destas empresas foram necessariamente adaptadas e ajustadas
às suas estratégias durante todo um processo histórico envolvendo quatro
fases distintas:
Acumulação de Recursos: A
expansão da rede ferroviária gerou um rápido crescimento urbano gerado pela
facilidade da estrada. As empresas tiveram que ampliar suas instalações de
produção e organizar uma rede de distribuição, passaram então a deter
o mercado de matérias-primas através da compra de empresas fornecedoras.
Racionalização do Uso de
Recursos: As novas empresas integradas tornaram-se grande e passaram a Ter a
necessidade de serem organizadas pois tinham muito recursos desnecessários. Haveria
então a criação de uma estrutura funcional para a redução de custos,
para isto se preocupavam com planejamento, organização e coordenação.
Continuação do Crescimento: A
reorganização geral ocasionou um aumento de eficiência nas vendas, compras,
produção e distribuição, mas em contrapartida os lucros baixaram, o mercado
saturou-se, diminuindo a oportunidade de se reduzir os custos. As empresas
partiram então para a diversificação. A antiga estrutura funcional não
estava preparada para essa diversificação. A nova estratégia gerou o
surgimento de departamentos de pesquisa e desenvolvimento, engenharia do
produto e desenho industrial.
Racionalização do uso de recursos
em expansão: O suporte de autoridade e comunicação da estrutura funcional,
sem terem como atender à cumplicidade crescente de produtos e operários, levaram
à nova estrutura divisional departamentalizada. De um lado a
descentralização de operações e, de outro, a centralização de controles
administrativos.
Em resumo diferentes ambientes
levam as organizações a adotar novas estratégias e estas, exigem diferente
estruturas organizacionais.
PESQUISA DE BURNS E STALKER
Tom Burns e G. M Stalker, dois
sociólogos industriais, pesquisaram em 1961 vinte indústrias inglesas
procurando analisar a correlação entre as práticas administrativas e o ambiente
externo dessas indústrias. Classificaram as indústrias em dois tipos:
organizações mecanisticas e orgânicas.
Sistema mecanista: A
administração é baseada na hierarquia como demostrado em organogramas. É um
sistema vertical onde as operações, o sistema de trabalho, as informações
seguem o padrão de comando do superior ao funcionário. Devendo o indivíduo
executar esta tarefa para o retorno ao superior, sem se preocupar com a
cumplicidade de seu trabalho na totalidade da organização.
Sistema orgânico: É adaptado a
condições instáveis, os sistemas de trabalho são atribuídos a
especialistas que executam suas tarefas com o conhecimento global da
importância delas passa a empresa. Os indivíduos se interagem em suas
funções. A situação efetua-se tanto lateral como verticalmente. Há a
comunicação entre indivíduos de categorias diferentes e hierarquias diferentes,
a chefia passa a ser parte do grupo, todos buscando um êxito comum.
PESQUISA DE LAWRENCE E LORSCH
Pesquisaram sobre organização e
ambiente marcando o aparecimento da Teoria da Contingência. Entre
três empresas diferentes concluíram que os problemas básicos de organização são
a diferenciação e a integração. É um processo gerado por pressões, no
sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre vários departamentos.
Foram escolhidas as indústrias de
plásticos, alimentos empacotados e de recipientes de alto e baixo desempenho,
ambientes industriais de diferentes graus, desde ambientes de rápida
mudança tecnológica até ambientes estáveis que exigem pequena diferença de
organização.
Essas quatro pesquisas revelaram
que: A organização em relação ao seu ambiente e a tecnologia adotada surgiu a
Teoria da Contingência.
As organizações precisam ser
ajustadas ao sistema das condições ambientais. Os aspectos
universais devem ser substituídos pelas normas de acordo entre organização
ambiente e tecnologia.
PESQUISA DE JOAN WOODWARD
Socióloga industrial inglesa, pesquisou
sobre os princípios de administração em 100 empresas de diferentes tipos com
média de 100 a 8.000 empregados.
Cem empresas foram
classificadas em três grupos de tecnologia de produção cada qual desenvolvendo
diferentes maneiras de produzir.
Produção Unitária: é feita por
unidades ou pequenas quantidades. Os trabalhadores usam variadas ferramentas. O
processo de produção é menos padronizado.
Produção em massa: é feita em
grande quantidade. Os trabalhadores operam máquinas e linha de produção ou
montagem padronizados. Como as montadoras de veículos.
Produção em Processo: um ou
mais operários lidera um processo total ou parcial de produção. A
participação humana é pouco usada. Ex: as refinarias de petróleo, as
siderúrgicas, etc. Nessas três tecnologias, cada uma tem um processo de
produção diferente. A tecnologia extrapola a produção influenciando toda a
organização empresarial.
E estes foram os principais pesquisadores
que deram alicerce para a teoria.
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