Por dentro da Administração
Abordagem Contingencial
segunda-feira, 14 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Características da Teoria da Contingência
A Teoria da Contingência fala que
a estrutura de uma organização e o seu funcionamento são dependentes da
interface com o ambiente externo. Em outros termos, não há uma única e melhor
forma de organizar. São apresentados, pelos autores da
escola contingencial, duas variáveis principais que determinam toda a
organização da empresa e os relacionamentos entre suas partes: o ambiente e a tecnologia.
Influências:
Ambiente é tudo
aquilo que envolve externamente uma organização. É o contexto dentro do qual
uma organização está inserida. Como o ambiente é vasto, complexo,
envolvendo tudo o mais ao redor da organização, ele pode ser analisado em
dois segmentos:
Ambiente
Geral: é o macroambiente, ou seja o ambiente
genérico e comum a todas as organizações.
As principais dessas condições
são:
· Condições tecnológicas
· Condições econômicas
· Condições políticas
· Condições legais
· Condições demográficas
· Condições ecológicas
· Condições culturais
Ambiente de
Tarefa: é o ambiente mais próximo e imediato de
cada organização.
O ambiente tarefa é constituído
por:
· Fornecedores de entradas
· Clientes ou usuários
· Concorrentes
· Entidades reguladoras
E estes ambientes podem ser
classificados estáveis ou instáveis de acordo com sua dinâmica. É estável
quando quase não ocorrem mudanças e quando ocorrem são previsíveis e instável
quando há mudanças o tempo inteiro, essas mudanças geram a incerteza. Quanto
mais estável menor a contingência, permitindo uma estrutura burocrática e
conservadora, porém quanto mais instável, maior a contingência e maios a
incerteza, porque há uma estrutura organizacional mutável e inovadora.
Já a tecnologia como algo que se
desenvolve predominantemente nas organizações, em geral, e nas empresas, em
particular, através de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o
significado e execução de tarefas
A tecnologia pode estar ou não
incorporada a bens físicos. A tecnologia incorporada está contida em bens de
capital, matérias-primas intermediárias e componentes etc.
A tecnologia não incorporada
encontra-se nas pessoas - como técnicos, peritos, especialistas, engenheiros,
etc.
TIPOLOGIA DE TECNOLOGIAS
Tecnologia fixa e produto
concreto: provém de empresas onde a mudança tecnológica é muito menos,
existindo um problema, o que não aceite seus produtos. Ex: o ramo
automobilístico.
Tecnologia fixa e produto
abstrato: A empresa tem capacidade de mudar segundo algumas normas impostas
pela tecnologia fixa ou flexível. As partes relevantes do ambiente de tarefa
precisam ser influenciadas à aceitar novos produtos que a organização oferecer,
para isso a formulação da estratégia global das organizações enfatiza a
obtenção do suporte ambiental necessário para a mudança. Ex: Instituições
educacionais baseadas em conhecimentos que oferecem cursos especializados.
Tecnologia flexível e produto concreto:
A organização efetua com facilidade mudanças para um produto novo ou diferente
através das máquinas, técnicas, pessoal, conhecimento, etc. Ex: as empresas
do ramo plástico, de equipamentos eletrônicos, sujeitos à mudanças, fazendo
com que as tecnologias adotadas sejam constantemente reavaliadas, modificadas
ou adaptadas.
Tecnologia flexível e produto
abstrato: A possibilidade de mudanças são muitas e o problemas maior das
organizações está na escolha entre qual alternativa é a mais adequada: o consenso
dos clientes (consenso externo em relação ao produto ou serviço oferecido ao
mercado), ou aos processos de produção (consenso dos empregados). Ex: as
organizações secretas ou mesmo abertas (mas extra-oficiais), as empresas de
propaganda e de ralações públicas, etc.
Todas as organizações apresentam
problemas pois as contingências impostas por diferentes tecnologias são
importantes para a organização e sua administração.
Uma organização comprometida com
uma tecnologia específica pode perder a chance de produzir um outro produto
para outras organizações de tecnologias mais flexíveis pois a cada dia a
tecnologia fica mais especializada e a flexibilidade da organização de
rapidamente passar de um produto para outro pode decrescer.
Se a empresa já for dotada de
grandes recursos e aplicar-se em um novo campo de atividades ou produtos, pode
usufruir do surgimento de novas tecnologias e assim facilitar tal chance. Mas,
a medida em que a tecnologia se torna mais complexa, a empresa passa a Ter
menos controle sobre o processo tecnológico global, e assim ficando dependente
de outras empresas do ambiente de tarefa. Dependência crescente de
especialistas, de treinamento prévio feito por outras organizações que exigem
mais integração e coordenação.
Quadro comparativo entre as teorias da administração
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Como a Teoria da Contingência surgiu.
História
No intuito de se verificar os
modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de
indústrias, alguns pesquisadores passaram a abordar os vários aspectos que
compunham o êxito de várias organizações procurando compreender e explicar o
modo como as empresas funcionavam em diferentes condições. Baseados
nestes estudos, puderam confrontar como interagem as variáveis ambientais, as
técnicas administrativas e a relação funcional dentro das organizações.
As principais pesquisas foram:
As principais pesquisas foram:
PESQUISA DE CHANDLER
Em 1962, Alfred Chandler Jr.
Realizou estudou quatro grandes empresas americanas: a DuPont,
a General Motors, a Standar Oil Co.(New Jersey) e a Sears Roebuck & Co; demonstrou
que as estruturas destas empresas foram necessariamente adaptadas e ajustadas
às suas estratégias durante todo um processo histórico envolvendo quatro
fases distintas:
Acumulação de Recursos: A
expansão da rede ferroviária gerou um rápido crescimento urbano gerado pela
facilidade da estrada. As empresas tiveram que ampliar suas instalações de
produção e organizar uma rede de distribuição, passaram então a deter
o mercado de matérias-primas através da compra de empresas fornecedoras.
Racionalização do Uso de
Recursos: As novas empresas integradas tornaram-se grande e passaram a Ter a
necessidade de serem organizadas pois tinham muito recursos desnecessários. Haveria
então a criação de uma estrutura funcional para a redução de custos,
para isto se preocupavam com planejamento, organização e coordenação.
Continuação do Crescimento: A
reorganização geral ocasionou um aumento de eficiência nas vendas, compras,
produção e distribuição, mas em contrapartida os lucros baixaram, o mercado
saturou-se, diminuindo a oportunidade de se reduzir os custos. As empresas
partiram então para a diversificação. A antiga estrutura funcional não
estava preparada para essa diversificação. A nova estratégia gerou o
surgimento de departamentos de pesquisa e desenvolvimento, engenharia do
produto e desenho industrial.
Racionalização do uso de recursos
em expansão: O suporte de autoridade e comunicação da estrutura funcional,
sem terem como atender à cumplicidade crescente de produtos e operários, levaram
à nova estrutura divisional departamentalizada. De um lado a
descentralização de operações e, de outro, a centralização de controles
administrativos.
Em resumo diferentes ambientes
levam as organizações a adotar novas estratégias e estas, exigem diferente
estruturas organizacionais.
PESQUISA DE BURNS E STALKER
Tom Burns e G. M Stalker, dois
sociólogos industriais, pesquisaram em 1961 vinte indústrias inglesas
procurando analisar a correlação entre as práticas administrativas e o ambiente
externo dessas indústrias. Classificaram as indústrias em dois tipos:
organizações mecanisticas e orgânicas.
Sistema mecanista: A
administração é baseada na hierarquia como demostrado em organogramas. É um
sistema vertical onde as operações, o sistema de trabalho, as informações
seguem o padrão de comando do superior ao funcionário. Devendo o indivíduo
executar esta tarefa para o retorno ao superior, sem se preocupar com a
cumplicidade de seu trabalho na totalidade da organização.
Sistema orgânico: É adaptado a
condições instáveis, os sistemas de trabalho são atribuídos a
especialistas que executam suas tarefas com o conhecimento global da
importância delas passa a empresa. Os indivíduos se interagem em suas
funções. A situação efetua-se tanto lateral como verticalmente. Há a
comunicação entre indivíduos de categorias diferentes e hierarquias diferentes,
a chefia passa a ser parte do grupo, todos buscando um êxito comum.
PESQUISA DE LAWRENCE E LORSCH
Pesquisaram sobre organização e
ambiente marcando o aparecimento da Teoria da Contingência. Entre
três empresas diferentes concluíram que os problemas básicos de organização são
a diferenciação e a integração. É um processo gerado por pressões, no
sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre vários departamentos.
Foram escolhidas as indústrias de
plásticos, alimentos empacotados e de recipientes de alto e baixo desempenho,
ambientes industriais de diferentes graus, desde ambientes de rápida
mudança tecnológica até ambientes estáveis que exigem pequena diferença de
organização.
Essas quatro pesquisas revelaram
que: A organização em relação ao seu ambiente e a tecnologia adotada surgiu a
Teoria da Contingência.
As organizações precisam ser
ajustadas ao sistema das condições ambientais. Os aspectos
universais devem ser substituídos pelas normas de acordo entre organização
ambiente e tecnologia.
PESQUISA DE JOAN WOODWARD
Socióloga industrial inglesa, pesquisou
sobre os princípios de administração em 100 empresas de diferentes tipos com
média de 100 a 8.000 empregados.
Cem empresas foram
classificadas em três grupos de tecnologia de produção cada qual desenvolvendo
diferentes maneiras de produzir.
Produção Unitária: é feita por
unidades ou pequenas quantidades. Os trabalhadores usam variadas ferramentas. O
processo de produção é menos padronizado.
Produção em massa: é feita em
grande quantidade. Os trabalhadores operam máquinas e linha de produção ou
montagem padronizados. Como as montadoras de veículos.
Produção em Processo: um ou
mais operários lidera um processo total ou parcial de produção. A
participação humana é pouco usada. Ex: as refinarias de petróleo, as
siderúrgicas, etc. Nessas três tecnologias, cada uma tem um processo de
produção diferente. A tecnologia extrapola a produção influenciando toda a
organização empresarial.
E estes foram os principais pesquisadores
que deram alicerce para a teoria.
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